segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Filosófia Amadora

Não existe teoria mais prática que essa: Nós só percebemos a importância de certas coisas, depois que desperdiçamos oportunidades extraordinárias. Eu sinceramente, não tenho nenhum dom pra filosofia. Acho muito interessante pessoas que dedicam parte de suas vidas a esses estudos, mas eu prefiro chegar a certas conclusões apenas com a minha básica experiência de vida.
Hoje vendo um dos episódios do meu seriado favorito, me identifiquei com a personagem que dizia que a maioria dos seus sonhos construídos até poucos anos antes não foram realizados. Aliás, 100% dos seus planos não foram realizados. Porém, assim como ela, só me dei conta disso quando algo decisivo estava prestes a acontecer. Por mais que eu encarasse como um sonho a mais em minha vida sabendo que tal sonho impediria muitos outros, nada disso nunca me amedrontou. Eu nunca desejei o errado pra ter o certo... Eu nunca fui daquelas que desistia fácil. Era uma das minhas características mais marcantes. As pessoas achavam que eu era muito corajosa. Mas a verdade é que eu não sou... Posso até ter sido um dia, mas o tempo, as coisas que eu vi no mundo me fizeram uma covarde. Eu não vou lutar primordialmente pela carreira que sempre quis. Isso seria absurdo. Eu não vou sair do emprego que tira meu tempo, que não me deixa feliz, que não me completa ou simplesmente, que não tem nada a ver comigo. Isso seria inconseqüente. Entre outras coisas, que não falo aqui simplesmente por covardia.
Eu deveria estar prestes a tomar a decisão mais importante da minha vida, mas eu não vou. Vou deixar isso nas mãos de outra pessoa. Eu já não sou dona de minhas vontades há tempos. Não que isso seja pecado. Já que nas minhas orações entrego tudo a Deus, deixando qualquer iniciativa com ele. Posso até ter medo agora. Na verdade há dias não durmo direito e comer tem apenas sido uma necessidade fisiológica. Meu coração dispara de repente, como se fosse estourar meu peito involuntariamente. Eu estou preparada pra qualquer coisa, apesar de não querer qualquer coisa. Sei de tudo que fiz. Sei do tempo que esperei. Sei do valor que tenho. Sei do amor incondicional que dedico ao que me comprometi dedicar. Não por obrigação da devoção, mas pelo amor a devoção. Só que mais uma vez desperto inveja a pessoas que não quis invejar. Mais uma vez um filho da puta estraga sonhos que não sabe a quantidade de estrada que tive que enfrentar, para chegar perto de um dia realizar. E isso hoje em dia não me atingi, pois sei que não vai me matar.
Pra deixar claro não estou falando de mim. Nem de ninguém da minha família, nem dos meus amigos, nem da pessoa que amo ou qualquer outra pessoa que penso aleatoriamente. Não é um texto de revolta, não é pra ninguém entender como indireta, muito menos como direta. É só uma vontade súbita de escrever, daquelas que não tenho tido com tanta freqüência, já que não tenho tanto tempo e meus planos se focaram em outra estrada, deixando aqui uma conclusão filosófica totalmente amadora: Sei mais de mim do que fui um dia, do que sou hoje.

Mariana Berardinelli

2 comentários:

Karina disse...

Não pare de escrever... a vontade de escrever vem de escrever sempre, e quanto menos se faz, menos se quer fazer.
Prossiga com seu blog!
Bjs!

www.chamkli.blogspot.com

Prof. Alex disse...

Parabéns pelo Blog, e pela foto, que achei muito interessante!